A POLUIÇÃO SONORA é o efeito provocado pela difusão do som em tom demasiado alto, sendo o mesmo muito acima do tolerável pelos organismos vivos, no MEIO AMBIENTE. Dependendo da sua intensidade, causa danos irreversíveis aos seres vivos e em especial nos seres humanos.
DEFINIÇÃO
O SOM é definido como a COMPRESSÃO MECÂNICA ou ONDA MECÂNICA que se propaga de forma circuncêntrica em meios que tenham massa e elasticidade sejam eles SÓLIDOS, LÍQUIDOS OU GASOSOS.
Os sons de qualquer NATUREZA podem tornar-se insuportáveis quando emitidos em "GRANDE VOLUME", neste caso, o mais correto é dizer-se que esse determinado som possui NÍVEL ELEVADO DE PRESSÃO SONORA, ou elevada intensidade. O termo RUÍDO pode ser utilizado em vários contextos. É algo inoportuno, indesejável, que pode prejudicar a percepção de um sinal (elétrico, por exemplo) ou gerar desconforto (no caso de um ruído sonoro). É um atributo qualitativo (e não quantitativo). Quantitativamente mede-se, no caso de um DETERMINADO SOM, O SEU NÍVEL DE PRESSÃO SONORA.
Fala-se de RUÍDO na comunicação quando existe qualquer fator externo à fonte emissora e receptora que prejudique a compreensão de uma mensagem. Quando se faz referência a um fator interferente sonoro, o termo barulho é mais adequado. A SENSIBILIDADE a sons intensos pode variar de pessoa para pessoa. O RUÍDO SONORO, em geral, é o SOM prejudicial à comunicação. Pode ser constituído por grande número de VIBRAÇÕES ACÚSTICAS com relações de amplitude e fase muito ALTAS, o que torna o seu nível de pressão sonoro bastante elevado prejudicando assim os seres vivos em geral. A PERDA DA AUDIÇÃO é o efeito mais frequentemente associado a qualquer som, seja ele ruidoso ou não, musical ou não, que possua níveis elevados de pressão sonora, ou seja, que ultrapasse os LIMITES DE TOLERÂNCIA CIENTIFICAMENTE já estabelecidos para o OUVIDO HUMANO, para a maioria das pessoas, de FORMA GAUSSIANA. Esses limites de TOLERÂNCIA estão explicitados em diversas tabelas que relacionam os NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA DE SONS, ruidoso ou não, e o tempo em que, sendo ultrapassado por alguém que se exponha ao mesmo, se poderá sofrer lesões auditivas.
Entende-se por exposição o contato de forma desprotegida a determinados NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA POR TEMPO E DOSE SUFICIENTES para PROVOCAR LESÃO AUDITIVA (quando são ultrapassados os limites de tolerância estabelecidos). Tal fato dá-se quando "de forma desprotegida".
ENTENDE-SE que alguém que ESTÁ PROTEGIDO, quando se faz uso de protetores auditivos corretamente dimensionados ao risco auditivo, que é determinado através de medições conhecidas como DOSIMETRIAS, neste caso não estará em exposição ao agente agressor, (no máximo encontrar-se-á em risco de exposição).
Esta situação está presente em várias atividades da vida diária em que o contacto com sons intensos, de forma desprotegida, voluntária (ex.:uso de equipamentos de música amplificada) ou involuntária (poluição sonora com altos níveis de pressão sonora).
TECNICAMENTE, não só o ruído como qualquer SOM, quer tenha significado ou não, quer contenha mensagem ou não, possui uma determinável quantidade de energia que pode ser proveniente de processos ou atividades e que se propaga pelo ambiente em forma de ondas, desde a fonte produtora até o ouvido do receptor a velocidade determinável e variando sua intensidade e pressão na dependência da DISTÂNCIA E DO MEIO FÍSICO.
Exemplo de alguns SONS considerados como RUÍDOS SIMPLES do nosso dia-a-dia e seu NÍVEL SONORO EM DECIBÉIS (dB). A partir do NÍVEL DE PRESSÃO SONORA de 85 dB são potencialmente DANOSOS AOS OUVIDOS, se o contato com esses SONS, sejam eles RUIDOSOS OU NÃO, durar mais de 480 minutos (8 horas):
Decibelimetro. O aparelho utilizado para medir os níveis de pressão sonora |
- O RUÍDO DE UMA SALA de estar chega a 40dB;
- Um GRUPO DE AMIGOS conversando em tom normal chega a 55dB;
- O RUÍDO de um escritório chega a quase 64dB;
- Um CAMINHÃO PESADO em circulação chega a 74dB;
- Em CRECHES foram encontrados níveis de ruído superiores a 75dB;
- O TRÁFEGO de uma avenida de grande movimento pode chegar aos 85dB;
- TRIOS ELÉTRICOS num carnaval fora de época tem em média de 110 dB;
- o TRÁFEGO de uma avenida com grande movimento em obras com britadeiras até 120dB;
- BOMBAS RECREATIVAS podem proporcionar até 140dB;
- DISCOTECA de intensidade sonora chega até 130dB.
A POLUIÇÃO SONORA atrapalha diferentes ATIVIDADES HUMANAS, independentemente dos NÍVEIS SONOROS serem potencialmente agressores aos ouvidos, a POLUIÇÃO SONORA pode, em alguns indivíduos, CAUSAR ESTRESSE, e com isto, interferir na comunicação oral, base da convivência humana, perturbar o sono, o descanso e a relaxamento, impedir a concentração e aprendizagem, e o que é considerado mais grave, criar estado de cansaço e tensão que podem afetar significativamente o SISTEMA NERVOSO E CARDIOVASCULAR.
Podemos citar vários tipos de origem para o ruído e sons não ruidosos potencialmente agressivos para o órgão auditivo:
1. Ruído por trânsito de veículos
2. Ruído por atividades domésticas e públicas
3. Ruído industrial
Quando a duração de um determinado evento é SUPERIOR AOS LIMITES DE TOLERÂNCIA para a PRESSÃO SONORA, como pode ocorrer no caso de:
- Shows de Musica e eventos
- Shows de Musica e eventos
- Alguns CULTOS RELIGIOSOS
§ uso de equipamentos de amplificação eletrônica (ex.:descodificadores de MP3)
§ práticas de tiro
entre outras atividades.
POLUIÇÃO SONORA freqüente, por exemplo, através de aviões pode causar danos à saúde humana mesmo a partir de níveis de RUÍDOS BAIXOAS. Já em 1910 Robert Koch profetizou: "Um dia a humanidade terá que lutar contra a poluição sonora, assim como contra a cólera e a peste".
O ponto de ataque da POLUIÇÃO SONORA não é o aparelho auditivo, mas sim o SISTEMA ENDÓCRINO, especialmente as GLÂNDULAS que produzem o CORTISOL e outros CORTICOSTERÓIDES.
Desta maneira, NÍVEIS DE RUÍDOS a partir de 45 db podem ser NOCIVOS A SAUDE HUMANA, quando a diferença de medição for maior que 3 dB do nível de RUÍDO DE FUNDO.
Já a partir de 55 dB pode-se considerar uma fonte sonora como INCOMODO. Se este nível de ruído permanecer por um período de tempo longo, a produção pessoal pode cair e a sensação de mal-estar de quem está submetido a esta FONTE SONORA pode aumentar enormemente. Emissões SONORAS entre 60 a 75 db produzem STRESS FÍSICO. Este tipo de poluição sonora pode determinar uma HIPERTONIA ARTERIAL (aumento da pressão sanguínea) e provocar DOENÇAS CIRCULATÓRIAS, como o ENFARTE DO MIOCÁRDIO (ataque do coração) e até mesmo serem a causa de ÚLCERAS ESTOMACAIS.
POLUIÇÃO SONORA URBANA
Além das fontes de ruídos mais comuns, existe uma grande variedade de FONTES SONORAS nos CENTROS URBANOS, como: SIRENES E ALARMES, ATIVIDADES RECREATIVAS, entre outras, que em conjunto denomina-se "Poluição Sonora Urbana".
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS
- Não deixam
- É um dos contaminantes que requerem menor quantidade de energia para ser
- Têm um raio de ação
- Não são transportados através de fontes naturais, como por exemplo, o ar contaminado levado pelo vento, ou um resíduo líquido quando é transportado por um rio por grandes
- São percebidos somente por um sentido: a audição. Isto faz com que muitas pessoas subestimem seu efeito.
PREVENÇÃO DE PROBLEMAS CAUSADOS POR RUIDOS E OUTROS SONS POLUENTES
As principais medidas para se prevenir dos efeitos da poluição sonora podem ser:
- Redução do ruído e demais sons poluentes na fonte emissora
- Redução do período de exposição (principalmente para pessoas expostas continuamente a processos que geram muito ruído), quando não for possível a neutralização do risco pelo uso de proteção adequada.
- Educação da população
- Uso de proteção nos ouvidos adequada ao risco auditivo.
- Em festas colocar o som com volume adequado ao "Ambiente", evitando-se o volume alto. Não sendo possível, não permanecer por tempo prolongado em ambientes onde se tenha que gritar para ser ouvido pelo interlocutor à distância de um metro.
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